25.4.08

QUEJA - Conny Palacios

El viento borracho de sol
irrumpió en mi isla este mediodía
enredó mi pelo con sus largas manos,
delineó mi rostro con sus finos dedos,
levantó mi blusa,
y con un soplo de su boca
me sentó en la arena.
Después agachándose
desató mis sandalias...
Le reclamé su atropello
y ni siquiera tuvo la gentileza
de darme una excusa.
Me dio la espalda
y con su alta desnudez a cuestas
se internó por la mar.
No satisfecho de su rudeza
regresó por la tarde,
pero ahora venía ebrio
de lejanías y soledades.
Retornaba con un fuerte aliento
a resaca y con olor a algas.
Venía llamándome
con la voz alucinada
de los marineros extraviados,
pero venía también
con las manos llenas
de miel y frutas...
Me invitó a tenderme en la arena,
pero no pude amarlo,
ni restañar su cansancio,
ni llenar su vacío,
ni abrazar su desamparo...
Oh Ulises,
porque llevo tu imagen
detenida
en mis pupilas.


---
© 2008, Conny Palacios
Tomado de "Percepción fractal" (PAVSA, Managua, 1999)
Puedes saber más de la autora [[AQUÍ]]
www.miniTEXTOS.org

6 comentarios:

POESIAS LITERÁRIAS DE LUIZ DOMINGOS DE LUNA. dijo...

Passos

Luiz Domingos de Luna
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Passos que passo
Passos que vem
Passos do além
Não sei o que faço

É como um compasso
De um tempo passado
Já foi um chamado
Na imensidão do espaço

Ouvi um grito
Parecia um trovão
Na escuridão
Estava aflito

Pulei noutro astro
Deixei a pisada
Ta lá registrada
Como um mastro

Luz em ebulição
Fiquei assustado
Parece ter entrado
Noutra dimensão

Tudo tão diferente
Um carrossel giratório
Um som vibratório
No meu consciente

Sonho ou realidade
Não sei precisar
É um vôo a voar
Não tem gravidade

Uma mão me puxou
Numa frieza gelada
Não sei mais de nada
Num novo mundo estou

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Transformação

Luiz Domingo de Luna
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Reguei uma planta
No meu jardim
Era um Jasmim
Beleza que encanta

Entre espim
Uma lagarta
Como uma carta
Vinha a mim

Toda enrolada
Comia clorofila
Pele colorida
De fogo chamada

Numa manhã florida
A lagarta sumiu
A borboleta me viu
Nos caminhos da Vida

Contemplando o chão
A asa em giro agitava
A Paisagem deixava
Na linha da imensidão

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Travessia

Luiz Domingos de Luna
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A Parede da mente
Está quebrada
No conflito da estrada
É reviravolta somente

Á águia está lá
A asa ferida
Sem guarida
Sempre a voar

A água agitada
Tem que passar
Furacão no ar
Força anulada

Na superfície a pisar
O mergulho da morte
É o único suporte
Que espera chegar

Tremulante momento
Uma chuva de vento
A águia a carregar
Rasteja na onda
Como uma lona
O espaço ganhar
A asa dobrada
Tão fatigada
A praia chegar

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Onda que chora

Luiz Domingos de Luna
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História dos papéis
O mouse a demarcar
Palavras que somem
Mas que vão voltar

A tela da história
Um trabalho a postar
Um instante eterno
Que não vai durar

Tudo a voar
Sempre escrevendo
De um tempo correndo
Não pode parar

Vida sumida
Na abstração
Vida já vivida
Em outra ilusão

No útero da terra
Vai transformar
Onda que passa
A outro repassa
Sempre a chorar

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Aquecimento Global

Luiz Domingos de Luna
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Sapo Dourado Panamenho
Da floresta americana
Beleza pura que emana
Da natureza em desenho

Amarelo, delgado e pulador.
Afilado, gentil e hospitaleiro.
Cantando no lindo desfiladeiro
Nos bosques um hino de amor

Predador do equilíbrio natural
No habitat rico dos pampas
Deslisa no declive das rampas
Numa felicidade sem igual

Dos rios, lagos e florestas.
Vaidoso no passeio matinal
Não vê o aquecimento global
Devorar sua história sua festa

O Fungo espera para atacar
O Planeta deu sinal de alerta
O fungo voa como uma flecha
O Sapo não vai mais cantar

Amarelo é a cor da atenção
Do sapo panamenho dourado
Da existência já foi tirado
Mais um ser em extinção

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Na Rota de Marte

Luiz Domingos de Luna
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Ó Vastidão de areia
Gás carbônico inalado
Estou todo sufocado
O Véu do ocre azuleia

O Frio agoniza a matéria
Poeira de gelo a esfarelar
Verde ou azul a complicar
Abstrata, vapor da artéria.

Monte Olympus a contemplar
Cânions da futura geração
Crateras horríveis no chão
Fossas de um mundo a passar

Gipso argiloso e ligeiro
O Meu guia a alertar
Estratos de sulcos a cortar
Água passa fica o cheiro

Altura que perdi
Na órbita ao girar
Meu guia a contar
Coisas que nunca vi